“Se alguém tiver um filho teimoso e rebelde, que não obedece às ordens do pai nem da mãe, e que, ainda que o castiguem, não lhes dá ouvidos, seu pai e sua mãe o pegarão e o levarão aos anciãos da sua cidade, à entrada do lugar onde moram; e dirão a eles: Este nosso filho é teimoso e rebelde. Não obedece às nossas ordens; é um libertino e bêbado. Então todos os homens da sua cidade o apedrejarão até a morte; assim exterminarás o mal do meio de ti; e, ao ficar sabendo disso, todo o Israel temerá.” Deuteronômio 21:18-21
Não é diferente do nós a figura de um filho rebelde, mas é muito distinto o tratamento que se dava a um filho insano nos primórdios da nação de Israel. Aprendemos com este assunto bíblico os deveres dos pais e da sociedade, vejamos:
* Pais: são responsáveis em educar e disciplinar
* Sociedade: é responsável em julgar e punir.
E a lição principal é esta: quando os pais não conseguem cumprir com os seus deveres na educação dos seus filhos, a sociedade mata! O texto nos apresenta algumas informações interessantes sobre o tratamento a filhos rebeldes, vejamos:
* Quanto aos delitos cometidos: teimosia e rebeldia, desobediente aos pais, libertino e alcoólatra.
* Quanto a decisão dos pais: deveriam levá-lo aos anciãos à porta de sua cidade e denunciar o fato aos sábios.
* Quanto ao veredito dos sábios anciãos: um filho que não ouve os próprios pais, também não respeitará o estranho e com isso toda sociedade estará sendo contaminada por sua indiferença e falta de respeito aos pais.
* Quanto a sentença aplicada: seria apedrejado por todos os homens da cidade até a morte.
Quais verdades nossa sociedade deve estar atenta, a partir deste texto?
* Tal pai tal filho não pode ser aplicado sem critério. A natureza maldosa de uma pessoa não vem pela genética, mas pela sua descendência adâmica.
* Os problemas de uma família devem ser resolvidos entre quatro paredes, caso contrário, vira manchete de jornal. É melhor a tristeza da correção privada em casa do que a vergonha pública de ter omitido o mau-caráter do filho.
* A diferença entre a justiça e a conivência está nas atitudes dos genitores. Pedir socorro aos sábios corta o mal pela raiz.
* Um membro familiar que não se enquadra nos seus deveres, contamina outros em sua jornada insana. Os males da sociedade perversa sempre nasceram no seio de inofensivas famílias.
* Doe muito aos pais ver um filho ser corrigido e disciplinado. Mas a dor maior é uma sociedade que tem que lidar com filhos assassinos dos seus próprios pais!
* Quando o exemplo de educação não vem da família, a justiça terrena se encarrega de aplicar duras penas. Quando um filho não aceita a correção dos pais terá que aceitar a justiça daqueles que não tem nenhum vínculo afetivo com ele!
De fato, o apedrejamento de um filho está além da nossa compreensão e aceitação. Violência gera violência! Porém, um filho deve ser “apedrejado”, ele necessita beber o cálice amargo de sua rebeldia. Um pai que se alegra com atitudes rudes, palavrões engraçadinhos e atitudes desrespeitosas de seus filhos, está decretando a sua infelicidade. Quando o diálogo não resolver e a natureza maligna só embrutecer, a correção é um caminho viável a fim de salvar a sua alma. A correção não deve ser desumana demais para não o humilhar, nem branda para ser desprezada, mas o tanto que ele possa enxergar o seu delito. Se não queres que a sociedade apedreja seu filho, então permita que ele chore ao teu lado ou no calor dos teus braços!